segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Biografia de São Mamede

S.Mamede

Mamede, nasceu na cidade de Cesareia, na Capadócia, hoje chamada
Kaisarieth e sob domínio da Turquia. Viveu nos fins do Sec. III, sendo nesta
altura a sua cidade natal estava sob domínio do Império Romano, pela mão do
Imperador Aureliano. Na Capadócia havia um crescente florescimento cristão,
de onde imanaram zelosos sacerdotes e notáveis pregadores e santos. Claro
está que este movimento cristão era alvo de perseguições desmedidas, por
parte dos responsáveis pelo Império Romano. Foi então em Cesareia que,
mesmo perseguidos, presos e martirizados, Teodoto e Rufina, conseguiram
ainda assim zelar para que o nascimento de Mamede se verifica-se logo após o
martírio de Teodoto e consequente morte, nasceu Mamede, pouco antes de
também sua mãe morrer. Não fora uma santa e rica matrona de nome Amia, ter
adoptado Mamede que, segundo a história terá sido ele próprio ainda
precocemente a dizer à sua mãe adoptiva que, por revelação de um anjo, o seu
nome seria Mamede, cresceu e cedo começou a receber os primeiros
ensinamentos da doutrina cristã, mostrando singular aplicação e inteligência.
Desde cedo que a prática das virtudes cristãs, nomeadamente a oração, a
modéstia e o pudor eram prática corrente. Ele próprio incitava os companheiros
na prática destas mesmas virtudes. Ensinava-lhes as verdades da fé, conduziaas
ao Baptismo e incitava-as ao comprimento dos Mandamentos de Deus.
Embora fosse possuidor de avultados bens de fortuna, procurava viver como
pobre, empregava essas riquezas em obras de caridade, visitava assiduamente
doentes e encarcerados e acompanhava os mortos à sepultura orando pelo
eterno repouso das suas almas.
Foram dois os momentos da sua vida em que sofreu pesados martírios,
começando ainda com tenra idade por ser mandado prender por Demócrito ,
carregar com cadeias de ferro e pesos e ir à presença do Imperador Aureliano,
no sentido de renunciar à fé cristã que tão devotadamente professava.
Aureliano, faz-lhe todo o tipo de promessas aliciantes, mas uma vez que nada
conseguiu, passou às ameaças e ao terror dos suplícios. Foram-lhe
confiscados os bens, recebeu ordem de prisão perpétua, mas nem mesmo
assim Mamede renunciou à sua fé. Conta a história que, a dada altura, dentro
do cárcere, uma voz celestial, lhe terá segredado “tem coragem, ó jovem
Mamede; guarda a fé e mostra o teu ânimo varonil: pois bem-aventurado será
quem sofrer perseguição por amor a Cristo”! Não satisfeito com o que até
agora tinha ordenado, fez o Imperador passar Mamede por cruéis torturas, com
vergastadas sobre as suas tenras carnes, com varas, ferros, espinhos e
correias. A sua carne chegou a mostrar os ossos. Não sendo suficiente, foi
apedrejado, sofreu a aplicação de lâminas candentes sobre as feridas do corpo
e por último foi sujeito à pena do cavalete, que não era mais do que um
instrumento de ferro ou de madeira sobre o qual colocavam o corpo do
condenado, sendo depois amarrado de pés e braços; depois, moviam o
instrumento de tal forma que até os membros se moviam e rangiam. Perante
tais suplícios, Mamede apenas dizia: “em vez de castigo, concedei-lhes o
perdão”. Não se mostrando disposto a ser vencido, o Imperador ordenou que
lançassem o corpo de Mamede ao rio Karassou, esperando que o mesmo
encontrasse a morte e a sepultura eterna neste. No entanto, ainda não era a
altura para Mamede sucumbir, e foi visto erguer-se do seio das águas para o
monte Argeo, pela mão omnipotente de Deus. Mamede optou por viver neste
monte, de forma solitária durante três anos, assumindo assim postura de
eremita. Por vezes, Mamede receava-se com a convivência de um Anjo, que O
Senhor lhe enviara. Por vezes descia até à cidade de Cesareia, coberto com
farrapos e peles, para apostolizar os jovens e dilatar as fronteiras do reino de
Cristo, seu único ideal.
Numa dessas visitas à cidade de Cesareia, acabou por ser preso, ele, mais
quarenta meninos a quem ele ensinava a doutrina de Cristo. Estes meninos
foram julgados, presos e condenados a morrerem de fome; no entanto eram
visitados por um Anjo que lhes levava mel e leite em abundância para que se
alimentassem. Passados alguns dias, Mamede recebeu inspiração para abrir
as portas do cárcere e dar liberdade aos seus discípulos. Foi este
acontecimento que exasperou de tal forma Alexandre, sucessor de Demócrito,
que logo prometeu matar Mamede a todo o custo. Assim, surge a segunda fase
do martírio do nosso santo, tendo Alexandre ordenado que acendessem em
chamas a fornalha ardente e lançassem vivo o jovem Mamede até ficar
reduzido a cinzas. Tal ordem foi cumprida sem que no entanto o fogo fizesse
qualquer mal a Mamede, que passeava dentro da fornalha como num jardim.
Findos cinco dias, Mamede saiu ileso da dita fornalha motivo mais que
suficiente para enraivecer Alexandre, ordenando assim que soltassem no
anfiteatro feras sobre Mamede. Porém qualquer das feras ao chegarem junto
de Mamede, amansavam e até o protegiam. Alexandre, envergonhado e
enraivecido manda então que abram o abdómen de Mamede comum ferro
tridente. Mamede caiu por terra, com as entranhas saídas para fora, dando a
entender que estaria morto. Essa foi a notícia que correram a dar a Alexandre
que ficou assim tranquilo. Mas, não tinha chegado ainda a hora de Mamede,
pois ele recolheu as entranhas e apoiado por um bordão ergueu-se e caminhou
até ao monte Ergeo. Aqui, ouviu uma voz celestial que descendo sobre ele
dizia: “ ascende ao céu, ó corajoso Mamede, pois Cristo, teu rei e senhor, de
quem foste soldado fiel e forte, aguarda-te para te coroar com glória, e
resplandeceres sobre a mocidade cristã; quem como tu, combateu o bom
combate, florescerá, como lírio, no trono do cordeiro celestial; grande é o teu
nome no céu e na terra!...”
Mamede deixou assim uma notável fama da sua vida no Oriente,
principalmente na Capadócia, na Cicília e até na síria sendo apelidado de “O
Grande Mártir”. No Séc. IV notáveis doutores da Igreja, São Basílio, Bispo de
Cesareia e São Gregório Nazianzeno, compuseram magníficos encómios, o
que mais contribuiu para a expansão do seu culto.
O Martirológio Romano gravou nas suas páginas com letras de ouro o nome do
Mártir.
O Corpo do “Grande Mártir” foi recolhido, pouco depois da morte, e logo
honrado pelos fiéis de Cesareia e vizinhança. Foram muitos os milagres
praticados por Deus por intercessão do santo. Mais tarde, o corpo de São
Mamede foi transladado para Jerusalém, e depois para Constantinopla, onde
se conservou durante muitos séculos. Uma parte deste corpo foi levado mais
tarde para a Diocese de Langres em França, sendo que, outras partes do corpo
tomaram o mesmo destino ao longo dos séculos oitavo, décimo e décimo
primeiro, escapando assim a fúria das guerras e perseguições do oriente. Tão
precioso tesouro encontrava-se até 1942, data em que foi feito o livro que
serviu de base a esta pequena biografia de São Mamede, na Catedral de
Langres, dedicada ao santo.
Não há certezas de como chegou a devoção por este santo a Portugal, mas
pensa-se que talvez tal tenha acontecido aquando da vinda de alguns eremitas
vindos do oriente, fugidos das perseguições romanas. Fosse por que razão
fosse, a verdade é que existem em Portugal doze Dioceses, num total de
sessenta e cinco paróquias, dedicadas ao Mártir São Mamede, de entre as
quais, Lufinha. No calendário litúrgico o dia de São Mamede celebra-se a 17
de Agosto.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ora aqui estão mais umas promessas eleitorais das quais só a requalificação do fontanário foi efectuado. Também foram, feitas duas praças e, segundo consta no Jornal das Beiras tornou Lufinha um melhor sítio para se viver...

A Lufinha sempre foi um sítio óptimo para se viver, é triste ainda não existir saneamento básico e água ao domicílio em pleno séc. XXI, promessa dos vários

Presidentes da Junta. Lamentável o facto de ser uma das únicas aldeias da freguesia que não possui as condições indispensáveis e básicas às quais qualquer cidadão tem direito. Certamente estas infra-estruturas não serão a curto prazo uma realidade, uma vez que, foi colocado tapete novo em vários locais da povoação e, para haver obras serão rasgadas as estradas e terão que levar novo tapete... Quem beneficiará com isto?... As empresas que efectuam estas obras?...

Talvez seja um acto de esquecimento devido ao facto dos eleitores na aldeia ser reduzido, mas como foi noticiado no jornal agora esta é uma aldeia onde é bom viver e isso talvez, ou não, venha aumentar o número de habitantes na Lufinha.

Não vamos desistir de lutar pela nossa terra, grande ou pequena, com muitos ou poucos habitantes, é a nossa aldeia.

Não se esqueçam da Lufinha


OBRAS DA LUFINHA

Saneamento Básico (câmara)( Para quando??????)

Stuv ( Já faltou mais)

Requalificação do fontanário( Concluida)

Exploração de água ( Será)

Um pequeno exemplo

Em Lufinha, os ventos do conforto moderno sopraram mais cedo. Mas ainda há quem seja obrigado a ir buscar água à fonte. "As pessoas fazem furos ou tiram a água de nascentes, mas eu não tenho nenhuma das hipóteses",diz JoãoCorreia, carregado com um cântaro ao ombro acabado de encher num fontanário próximo de casa. "Aqui não há água da rede pública. Não há saneamento básico [há fossas]", lamenta o morador, destacando "a miséria" do lugar e, apesar de tudo, o trabalho do actual presidente da Junta de Freguesia de Ribafeita, Custódio Ferreira, que "já fez mais agora do que os outros nos 12 anos anteriores".

"Não temos onde lavar uma camisa e cada vez que queremos tomar banho temos de ir buscar água a cântaro", diz João Correia, cuja família é uma das quase 58 mil existentes em Portugal que, segundo o INE, têm de carregar água para casa (não são servidas por redes públicas ou particulares). Mas o futuro de Lufinha parece assegurado: não está afectada pela desertificação e fica a meia dúzia de quilómetros da sede de concelho. João Correia ainda pode ter esperança num futuro melhor.

in CM 13 Setembro 2008